quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Princesa encantada, por qual dos teus olhos me viste
Quando eu passeava a minha alma no teu jardim?
Ai! Não pensaste nem sentiste, simplesmente sorriste!
Tão calma e segura, abriste caminho para mim.

Oh! Princesa teu coração vacilou incerto e vazio,
Tão modesto e humilde ao entrar no meu terreno
Vasto, mundo baldio, chamuscado, infértil, frio,
Inculto sim, em tudo, à excepção, talvez, do medo.

Abandonada aqui construíste o teu castelo,
Armaste-me cavaleiro num cavalo sem esporas.
Continuei o mesmo e tu do meu orgulho choras
Lágrimas pelo desespero inquietante e belo.

Percebe que eu sou só cavaleiro de um romance,
Espírito, alma que não finda nem muda nem cessa.
Então transforma-se, ama-se sem que nunca se canse,
Se vive também vai morrendo sem glória nem pressa.

Através de teus olhos eu te olho, fundo e grave,
Destacando o sorriso e a tristeza imprecisa.
Sou um espírito no sótão, enterrado na cave,
Minha alma sobrevoa por esse castelo que não pisa
O Chão.
Sou um coração pisado que pesa,
Cansado da armação indefesa.
O corpo ateu, que reza.
O morto teu, Princesa.

1 Comentário:

Anónimo disse...

Enquanto escreveres, tudo fará mais sentido.. Gostei mt deste tambem*
sara

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