Vazia está a espera
Derramada a vitória
Anoitece a branca quimera
Sorteada a gratuita glória.
Quero acordar
Sem recordação.
Partir, sem ficar
Marcado pela carnação.
Despejo de voz de gesto
De rosto e de nojo.
Desejo o oposto,
A identidade sem pejo.
Já nem uma procura;
A voz está quieta,
Adormecida, está escura,
Calada, refeita em amargura,
Suspensa e perfeita.
Silênciada e pura.
terça-feira, 25 de julho de 2006
em busca de Orion
A Sophia de Mello Breyner Andresen
Dansas em vapor
Pelo calor
De uma chama arrefecida
Escorres por cidades e caminhos
Desaguas no inteiro e puro ninho
No começo de tudo quanto é vida
O azul que te liberta
É a grade da tua verdade
Mas tu vieste segura e encoberta
No manto da humanidade
Liberdade pura e vasta
Concreto o teu percurso
Com o manto que se arrasta
Perseguindo o oposto do universo
Agora olhando cada verso
Se revela o interior mais belo e pleno
Nos teus olhos espelhado o protesto
A teus pés o mar sereno
Por Olavo Pinto às 15:16 0 comentários
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