segunda-feira, 10 de março de 2003

Erosao do Espirito

25 de Outubro de 2002

Cada passo que dou descubro mais um pouco sobre mim próprio, balançando num desespero do batimento e do sóbrio. Cada passo que dou, piso, sobre um sonho, indeciso, o futuro nada risonho em que inicio mais esta atitude de escrever sobre o que sinto para que tudo mude. Não consigo descrever, a vida é demasiado rude, demasiado complicada, mas são estas demasias, que fazem com que me aguente nesta sucessão de noites e dias, pensamentos e filosofias, percorrem aminha mente constantemente, vivendo a vida corrente. Nada é como antes tudo é como sempre... foi, dói a quem sente e a que ficou sentido, mas a vida é mesmo assim, nunca nada fica perdido.
A vida é como um sonho, vale sempre a pena vivê-lo, nem que seja para aprender qualquer coisa sobre ela mesmo que sendo um pesadelo. Toda a gente que vive connosco este sonho, em que me proponho viver, percorrer dê no que der, não passam de imagens criadas para dar algum sentido ao que vives, para seres incentivado e para que incentives. A vida é fodida, mais curta que comprida sempre ouvi isto, mas se paras ela continua e ficas para trás ta visto, não mordas o isco, o material não te trás felicidade, só te felicita, escondendo a verdade, e te indica um caminho de insanidade para o vazio, num mundo frio e cruel, onde o banal é natural e o mal é a tua pele. Tento desabafar o que está dentro de mim para mim, vivo o máximo, estendo-me até ao fim, até que um dia tudo acabe... terá de ser assim!
Mas afinal o que é que estou aqui a fazer, escrever é como um dever que tenho. Procurando saber para onde ir e donde venho. Estranho é tudo isto, mudo existo, tento, coexisto, assisto ao panorama, não vou pela fama, não há trama. Sons em que penetro, compreendo, ouço... não consigo, mas entendo, balouço. Quero chegar a algum lado, não posso ficar parado, não fico calado, é este o estado, não há pecado... Religiões, indecisões, movimentos financeiros que trazem lucro de milhões a meia dúzia de instituições que promovem a paz, utilizando armas: o dinheiro. O mundo inteiro a olhar, brincam com os nossos sentimentos manos! a paz está dentro de nós e vem daquilo em que acreditamos, na fé que temos no que sonhamos, vamos em frente e de pé e concretizamos.

sábado, 1 de março de 2003

Solidao

Solidão:
És o filtro para os resíduos;
És o peso de factos ambíguos;
És o remédio do tédio humano;
És o ermo no céu urbano;
És a chuva que alivia as nuvens quando eu me encontro nelas;
És as velas da alma que iluminam belezas belas,
Como a vida, pintada na tela… da solidão!

Solidão quem és tu? Que me acompanhas…
Amiga de verdade e na saudade me ganhas;
A vida é tão bonita na harmonia da tua companhia,
A cada dia me convences, da porcaria que tu vences,
Cada um é uma ilha rodeada de subjectividades latentes.
Solidão, tu és a filha de verdades tão distantes;
A vida molda-nos, para ser-mos nós a moldá-la.
A alma vive sempre e no nosso interior fala,
Uma língua imperceptível, qual será o conteúdo?
A solidão é o tradutor, do valor que está mudo;
Pela via do meio vou vivendo e vou morrendo,
As pessoas receio, recuando e avançando
Viajando… a terra vejo-a da lua,
Onde todo o rio, no meu mar desagua.

Acredito em ti, e tu em mim,
Cada momento juntos, não tem fim.
Todos os sentimentos se tornam puros objectos
Que eu moldo e relaciono aos afectos,
Queimas-me com a razão,
Afogas-me na solução,
E apenas apareces quando os outros não estão,
Numa fracção de segundos, páras os 2 mundos…
O tempo muda de forma, e se transforma num holograma,
Onde a fama social, não me trama o real, porque eu sou igual, diferente, como quiseres… quando
quiseres, o importante é se não feres!

Sozinho absorve-te na solidão,
Pelo caminho da subversão;
Ao que sentes quando tocas,
Ao que sentes nas mentes que focas,
Ao que vês quando acordas,
Ao que pensas quando adormeces,
Mas quando se partem as cordas,
E não tas habituado à solidão, logo padeces
Do remédio que a mente aprova,
O tédio passa, quando o real escava a cova
Para te enterrar vivo, mas inconsciente,
E tu te enterras na amizade carente
O presente eloquente já não te fascina
E tu te afogas nas tuas lágrimas, chacina
Da tua sina, estás condenado
A viver no pecado e no errado,
Se estás desapontado com os outros
Então acorda para razão
E procura se és tu ou são os outros que tão loucos,
Acorda pró sonho que é a solidão,
Porque os consolos reais, são poucos.

A infidelidade só se desculpa com a confiança;
A felicidade, não se atinge com esperança;
(Mas já não consegues ir além da esperança!
Avança!)
A verdade, não é coexistente;
A perfeição, não é coerente;
A convivência sem benevolência,
sem consciência nem coerência,
só trás violência entre o meu e o teu coração,
Por isso eu te tenho como amiga, Solidão:

És o filtro para os resíduos;
És o peso de factos ambíguos;
És o remédio do tédio humano;
És o ermo no céu urbano;
És a chuva que alivia as nuvens quando eu me encontro nelas;
És as velas da alma que iluminam belezas belas,
Como a vida, pintada na tela… da solidão!

Talento inato, o destino não vem no plasma.
Alento pacato, o retiro de um fantasma,
Sentado no propósito da vontade,
Ignorado pela realidade
No labirinto da verdade.
Influência não atrai
Na consciência em que se cai,
Só a demência me trai.
Fantasma influente, com afluente do desígnio de demente,
Talvez por viver da mente, plenamente pela mente para a mente
não se mente.
Delinquente não serve, dissidente não ferve a água poluída em que navego,
no escuro mas não cego, entrego o que me transmitem, obrigado!
Preso mas não culpado, no fado não interessado, presente é o pecado,
passado é o fardo, mas a vida é assim e eu já estou habituado.

A mente é o puzzle, a vida é o labirinto onde choveram as peças,
e pelas suas paredes pinto sonhos, não os meças.
Se te pedem que esqueças: Não obedeças.
Nunca esqueces, apenas adias e então os dias pesam na consciência,
paredes vazias levam-te à demência,
só te resta olhar o céu, sonhar, sem juiz não há réu
e pintar para que o que é meu, também seja teu.
E vice-versa, o que interessa é viver para quem está à minha frente
não nas costas, mas não respiro, sufoco demente, que me importa se não gostas?
Mais do que pensas, quero ficar bem contigo, mas se não estou bem comigo,
estou mal com o meu melhor amigo, a dependência é um perigo.
As ruas do inimigo, irrigo de amizade, a finalidade? É a verdade que procuro,
é na tua mão que me curo, é no teu sorriso que me seguro…
mas também, isto não é um precipício, é apenas um muro sem porta,
no inicio, aquele que é puro não se conforta com as toxinas que mandam à cara,
quando a feridada fragilidade apenas sara no bem-estar com o oponente…
cabou a paciência, a defesa é o ataque, da minha mente.

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