domingo, 1 de outubro de 2006

O Cheiro Deste Livro Excita-me

Como é que tu adivinhas coisas assim? Ainda estou para descobrir, e acho, convictamente, que vou estar para sempre. Eu e qualquer um. Convicção é a última coisa a nascer, e como eu estou convicto de que não há princípio nem fim, porque estes são establecidos sempre pelos humanos, qualquer "algo" é sempre algo entre aspas, nunca algo em si, sempre aproximado, nunca total, até o mais complexo dos sistemas, algo quase, nunca algo algo. O exemplo, tudo o que eu escrevo, tem princípio e fim porque eu o começo e acabo por parar num ponto qualquer, o que eu quero escrever, sobre qualquer coisa, nunca começou nem vai acabar, porque é, e é a isso que eu tento chegar, sem nunca chegar, tentativas quase inúteis de mostrar que tenho para mostrar o que tenho (e todos podemos ter) de indemostrável aos outros. Por aí se criam (capacidade de síntese do existente, ou seja, fazer caber na consciência uma existência, que de qualquer maneira é sempre maior que a consciência) todas as "disputas" humanas e imperfeitas para consciencializar a experiência (cabendo esta na existência real e nunca totalmente percepcionada pela consciência ou na ideia já pervertida de uma parte incompleta de experiência) que fazem de nós aquilo que nós pensamos ser sós e que nos tornam na maravilhosa criatura social, como esta aparentemente complexa consciência social que nos dá esta experiência e existência social tão surreal quando observada de fora. O quanto os deuses se riem! Eu não falo sozinho.

Seja o primeiro a comentar

prática sonho teoria © 2008 Template by Dicas Blogger.

TOPO