terça-feira, 11 de janeiro de 2005

Vamos lá então existir para o Mundo!


A tua realidade, a que só os teus traumas pertencem, é uma imitação da realidade em que nasceste e que tu repudias.
Chamas-me á atenção, em nome do preconceito e só evocas valores que fazem parte, supostamente, do teu repúdio. Tu pensas assim porque te fizeram assim. Tu não sentes o que sentes, sentes o que te pedem, com todos os obséquios. As regras que a sociedade Ocidental te impõe, são as regras que te regem, reprimindo o altruísmo e o sentimento Humano. O amor existe e é por ele que eu me rejo. A sociedade vê mal? E lá sais tu da toca de cabeça baixa, a levantar o peito.
Por amor de Deus!
Se há coisa que eu detesto é o preconceito, se há coisa que eu adoro é o a bem estar emocional e psicológico. Dá as mãos a quem está ao teu lado, o resto são histórias! De encantar. Sou uma criança, preciso de brincar e amar, para aprender a ser unificado, entre a inteligência e a experiência. O resto? O resto são manias que se estão afectadas pelo comportamento, têm de ser forçadas para que nenhuma lógica nos prenda.
E vamos nós voltar ao fingimento, ao mundo das palavras ocas, simplesmente para que os nossos sentimentos sejam oficialmente aceites! Binómio realidade/verdade! Cooperação fingimento/existência. Supremacia do que as bocas vêm ao que os olhos dizem… Cegos… e ocos. Não dizem se não “libertem-me” e não vêm senão obrigações e comportamentos. Deixem-me ser como sou! Deixem-me ver o que vejo e dizer o que sinto! Amo-vos a todos! Humanos da retórica e da dialéctica, da estrutura labiríntica, dos dados da sorte que fazem da vida um jogo! Deixai-me jogar também! Deixais?

Eu só queria existir para o Mundo!

Eu só queria existir para o Mundo!
Ser a verdade e a ética,
Mas a vida é um segundo,
De irregularidade estética.

Comer o que o tempo nos dá,
Sendo comidos sem o pudor
Da vida ser um enorme sofá,
E o tempo um sofá menor.

Abraçar a inexistência,
Como se que existisse.
Observar a consciência,
Como se o tempo mentisse.

Deixar cair um corpo,
Deixar mentir o tempo,
Como se parte um copo.
Como se mente ao vento.

Deixa cair cá fora tudo o que é fundo!
Só se a verdade for possuída pela ética,
Por um segundo, na irregularidade estética,
Vamos lá então existir para o Mundo!
(Fotografia: Filme "The Butterfly Effect", 2004, Eric Bress)

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