segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Défoncé

Posso prometer tudo de mim. Menos eu mesmo. E ainda menos as noites que em mim correm. E a lua nos teus olhos a mim próprio não volto a prometer, porque sei que o calor é um vício que se nos apega à pele, e eu não quero ser um junkie de ti, a gemer pelos cantos esperando a injecção do teu olhar toldando o meu, aturdindo a minha razão, depois desse flash perpétuo que me proporcionas.
Défoncé, caminho sozinho, procurando algo que se torne tu nas minhas mão molhadas pelo suor que se subleva na minha pele. Saem gritos que se estilhaçam no ar, procurando atingir ouvidos que decriptem a poção para a paixão violenta que se barricou em mim. Exagero dizem. Talvez. Isto são mentiras de pequenos segundos que me passam frente aos olhos quando tu não estás e eu insisto em te ver. Isto são palavras que eu digo a mim mesmo para me convencer que algo vale de facto a pena. Isto sou eu, sombra falsa de uma realidade necessária.

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