domingo, 1 de janeiro de 2006

Enquanto eu souber ser
Enquanto eu... for
Quem não pareço ou aparento
Enquanto eu me esquecer do tempo

Enquanto eu souber que fui
Enquanto eu... for sendo
Aquilo que não pensei ou previ
Enquanto eu não me souber aqui

Enquanto eu quiser ser
Enquanto eu estiver
Onde não imaginar ou sonhar
Enquanto eu não pensar

*

Enquanto eu não pensar no que me rodeia
E em tudo aquilo que me atravessa,
E seguir os passos marcados na areia,
Saberei, sem saber, te encontrar sem pressa.

Enquanto eu caminhar e deixar marcadas,
Como cada memória da tua maresia,
Minhas pegadas na areia molhada,
Irei guardar recordações, sem fantasia...

Pelo tempo rasgamos o vento,
Enquanto a cíclica Mãe nos adormece
Com o seu embalar, cíclico e lento,
Num universo que em tudo permanece.

Ah, como me sinto observado
- E todos nós nos sentimos –
Por um tudo nada no telhado,
Com olhos invisíveis aos gemidos.

Tudo porque eles nos querem ver fortes
- Como eles.
Nas nossas mãos suam líquidos reles
Enquanto eles apostam a nossa sorte.

Eles querem ver o amor e o herói
Ou a virtude da honra e valentia.
Mas eu adormeço no teu leito, maresia,
No sonho desperdício que me dói.

Seja o primeiro a comentar

prática sonho teoria © 2008 Template by Dicas Blogger.

TOPO