segunda-feira, 7 de novembro de 2005

Seis quartos de hora abertos
Expostos como se a vida aqui não estivesse
Irreflectidos como três segundo de fôlego
Essa coisa arrefece
E num passo embriagado e trôpego
Os nossos sentimentos fartos
Bebem de um copo que escurece
Na manhã clara dos quartos

Quadros são janelas para a vista
Vistas turvas mais bem conservadas
Cortes profundos de raciocínio
Mas as oblíquas lânguidas curvas
Num dedo vertical ao declínio
Faz de tudo e nada uma faísca
Que explode na pequenez do fascínio
São mais uma vez águas e turvas

Colados os papéis aos dedos
Fermentos de um qualquer conto
Abro línguas á boca que venero
Qualquer fim desprovido de ponto
Disfarça a voz o que quero
Explodem fantasmas de medos
Mas estou calmo se sincero
Tudo isso em que me encontro
É um doce manejar fraseado
Que procuro e desespero
No fácil gasto e inútil centro

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