Algemado á relutância:
Vamos avançando lado a lado
Da realidade e do sonho,
Para o sonho e realidade;
Metade sou o que sou,
Na outra metade,
O que me suponho.
Mas nunca sobreponho uma metade à outra,
É a minha consciência que lucra!
A minha vivência que não se apressa,
Vença quem vença
Sairemos sempre vencidos pela doença.
Ou talvez seja um ganho negativo,
Mas não me emprenho do relativo:
Vou saboreando tudo o que vem enquanto vivo.
Vou vendo a vida que não volta, voando.
A ver o futuro com os olhos, sonhando.
A vida não é passagem alada,
A vida não é mensagem de nada,
A vida é um não ser outro que não este,
Um não poder sair de algo que nos reveste…
Sentir-nos presos ao que de nós encontramos,
Levitar em pensamentos do que de nós não fazemos,
É um fazer algo mais do que já está feito,
É um nada aperfeiçoar do imperfeito.
sábado, 5 de novembro de 2005
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