domingo, 4 de junho de 2006

Tu, mais nada

O que é mais vasto:
O mar, ou o universo?
Ou o resto do gesto,
Da noite passada.
Cada voz, cada verso;
Um grito, um protesto,
És tu, tu, mais nada.

Buscando o tal mote,
O tal sentido do agora,
Mais fundo que a morte,
Mais leve que a hora.

Onde está o amor que eu tanto queria
O toque da sorte, e da dor que se esvaía?
A promessa da vez sem hora marcada
A peça onde tu e eu... onde está esse dia?

(a noite sorria)

Em ti, em mais nada.

Descalço,
ou pelo menos,
De cordões desapertados,
Caminho no encalço
Dos meus medos,
Nesta sombra dos
minutos expirados.

O que está mais distante:
A loucura ou a madrugada?
Ou a visão incessante,
Da tua imagem dançante.

Estás tu, tu, mais nada.

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