Fomos os dois cinzas
Antes do momento em que aqui não estamos
Já não sinto a forma que pizas
Nem o perfume que criamos
Até a tua fala congelada
No intervalo do suspiro do fim
Na totalidade desta ferida fechada
Esta cicatriz de ti em mim
Esta cicatriz da partida da tua ausência
Esta doença curada da tua consciência
Restam sobras de restos
Sobram restos de sobras
Os teus olhares e gestos
São só sombras de sombras
Não são mais que sonhos
Estes ventos mudos
São olhares contra olhos
Perderam os escudos
Perderam as armas
Numa guerra sem terra
Neste mar de almas
São o espírito que erra.
quarta-feira, 7 de junho de 2006
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