terça-feira, 25 de abril de 2006

O fim do resto

(...)
Que me importa isso? Que me importa que me importe?
Não me importa nada
Porque eu estou além da vez que passou.


Tristes passos dados no caminho
Alegres as vozes que nos fazem chorar
Na vez de estar aqui a receber a herança dos antepassados
Mortos
Passados
Enterrados
Quem viu a grande explosão de tudo isto?

Aqui de soslaio para a caixa mágica, explodem mil milhões de parvoíces na alta tecnologia, ao serviço da nova arte comercial. Publicidade, obras mainstream da classe social dominante. Serviço para nos criar de novo. E o que é imprevisível? Qual será o homem de hoje que será amanhã enaltecido? Há sempre um rosto por mais que nos tentem confundir com esta liberdade. Privaram-nos da liderança. Privaram-nos do ideal, do fanatismo… de acreditar! Espalhados à nossa voltam estão quadros em branco, vazios, sem qualquer conteúdo. Querem-nos vender, comprando-nos.
Era tão bonita a palavra união. Afirmação. O grito exaltado da revolta por alguma coisa. Hoje são cacos espalhados no escuro do ar que respiramos. Ínfimos pedaços que nos esquartejam o interior. Prendam esta liberdade que anda à solta. Caso contrário, eu vou-me sentar aqui, e tentarei não pensar em nada.

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