quarta-feira, 26 de abril de 2006

Falta à voz a cria insensata,
O conhecer atroz, a vida de prata.
Caminho de sós de vagos planos.
Caminho de paz, amor e enganos.

Trava a solta liberdade que desdenha
O fumegante sonho insípido e insalubre.
Pensamento puro que desenha
Imagens que naufragam a milhas do deslumbre.

Algo sente por nós, algo nos rouba
(Lá vão milénios, lá vão, e foram!)
Todos os cortes d'alma de quem louva
Deuses de pecados que em dor nos cobram.

(Pintura: Francisco Goya, La Maja Desnuda.)

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