segunda-feira, 8 de agosto de 2005

Enquanto a vida nos brinda
E o amor nos consome
Quando os olhos se fecham
No momento da fome
E as tuas unhas me vexam
Qualquer carícia é bem vinda

Enquanto os músculos se cansam
E o silêncio ensurdece
Quando até o vento é um peso
E nem o sol nos aquece
Mas o pensamento fica aceso
E os nossos sentidos não pensam

Quem te predestinou
A seres o meu suspiro
Quem te falou de mim
Quem te feriu com o tiro
Que te chamou logo no fim
De tudo o que eu sou

No momento de sermos nós
E em que a lua nos chama
Qualquer olhar queima a pele
Enquanto é o coração que ama
E o pensamento nos repele
Quando já nada vem à voz

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