terça-feira, 10 de maio de 2005

Mão Inquieta


A mão inquieta pede faminta, a forma intacta da matéria
A mão inquieta foge e escreve, por mim minha miséria
Formula encantos sustos, prantos, patética em força e espírito
Desgasta à soma, ao tempo, ao nada, à forma, à vida onírica

Alcanço em vista, mas que vista?
Se é cega aquela que a detém,
O poder a forma e despista,
Todo o sentido que isso tem.

Chama-se a honra, valentia, a descoberta,
Pensando sempre a sorte, a vasta
Possibilidade, a porta aberta
Vendendo a infortunada, toda, nefasta.

Agarro o tempo com a mão que escrevo,
Minha mão inquieta da matéria,
Agarro a escrita largo o trevo,
Agarro o tempo, caio em miséria.

(Foto: © "Drawing Hands" - M.C. Escher)

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