terça-feira, 26 de abril de 2005

A minha falta



Eu preciso de ti sempre ao pé de mim. Sentir o teu calor e o teu abraço, ou pelo menos algo que me tire deste cansaço, de pensar na tua voz, ouvi-la na minha cabeça, como um espírito que me possui. Tu não me fazes falta, tu és a minha falta, sem ti ando em círculos, à solta, à espera da tua volta, à procura da tua sombra, à espera de te ouvir dizer a palavra que faz com que eu esteja aqui para ti, a palavra que me faz rir e chorar, ir e voltar por ti, e só por ti, tu que és a minha razão e a minha mentira, que és a minha perdição e a minha lira que toco e que faço tocar só para fazer dançar a nossa chama. A nossa chama maior que qualquer chama do inferno, maior que qualquer desejo interno, maior que nós, maior que a voz de deus e que todos os seus crentes. A nossa chama que faz arder percepções aparentes, e deixa apenas as nossas almas juntas no seu calor, unas de tanto amor.
Eu amo-te, será que existe algo mais importante, algo que valha mais que o instante em que estou contigo, a tocar os teus lábios, a teus pés, no teu umbigo, a dizer-te ao ouvido aquilo que está a ser sentido… contigo não existe politica nem religião, não existe pecado nem condenação, contigo só vejo liberdade tu que és tão maior que este mundo tão pequeno, tu que de ti só perder temo...

Amo-te Joana.

(Foto: ©Roy Lichtenstein, Nude with Abstract Painting, 1994 )

1 Comentário:

Anónimo disse...

bem.....ta altamente!!!!!.... xcelent......msmo....como tdos os outros poemas k escreves....mas este em particular...adorei..talves por ser 1a dedicatoria...n sei...continua axim...

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