domingo, 12 de dezembro de 2004

Eu

Eu não sou Eu Social,
O Eu Social é que é Eu.
Viver é morrer mal,
Morrer é viver no Céu.

Se vivemos todos no instante
Em que a morte ainda não veio,
Morremos todos a meio,
De uma vida insignificante.

Deixamos da vida metade,
Sonhos, futuros, inexistências.
O resto que deixamos é verdade,
Memórias, panos, vivências,
Fazendo de tud’isso saudade.

Mas se em flagrante delito,
A vida nos é amputada,
De que nos serve este rito,
De procurar destin’aflito.
Um sino que toca é nada.

Mas se eu me distingo
Entre o que sou e procuro.
Então eu sou o que ligo,
O presente ao futuro.
Um futuro que instigo.

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