quinta-feira, 1 de maio de 2003

Verdadeira

Sofrimento de um sofredor
a quem a dor se disfarçou de amor.
Quando a mente se ajoelha ao coração,
quando a razão perde inspiração
na submissão à acção, indistinto
em que dou vazão ao instinto.
Não penso quando escrevo, mas sinto.
O sentir não mente, a mente não sente,
quando o impresente nos conquista para sempre.

Desespero de ficar preso na vista,
inocente, pura, mas dista da realidade,
da felicidade em que não acredito
porque já só grito pela verdade.
Pela solidão.
Verdade não se divide entrega-se, inteira.
Solidão não se guarda, partilha-se, verdadeira.

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