A Criadora
Criaste um barco de papel,
Mas a água de papel
Não vinha à ondulação fiel,
Nem a chuva de mel
Chegou para mover a embarcação.
Por isso os teus dedos-furacão
Afundaram em pedaços a superfície do chão,
A vaga profundidade.
E trazias guradada
Na lenta certeza da vastidão
Toda a grandeza do nada.
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