quarta-feira, 3 de janeiro de 2007


Às vezes, mas só às vezes,
Ouvem-se vozes, sussurros,
baixinho, mas sem requinte,
ruidosos como murros
Em portas fechadas a trinque
Pelo medo a todas as teses.

Às vezes, em brincadeiras,
Ouvem-se palavras sussurradas
baixinho, sono dormente
sem som, quase ligadas
Directamente à mente,
Crepitar duma extinta lareira.

Às vezes, de vez em quando,
Quando o sono não vem
Imaginam-se palavras, dizeres,
Até pessoas, que ninguém,
Entregue aos maiores prazeres,
Ouve ao adormecer de cansado.

Ah! triste rebeldia de a nada pertencer,
Filosofia de viver entre a fada
E filosofar a vida como estrada
Sem confiar que ser
É ver, e aceitar que viver,
Faz de nós, mais que tudo, nada.

1 Comentário:

Manuel Campos disse...

:D Gostei!

prática sonho teoria © 2008 Template by Dicas Blogger.

TOPO